segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Absurdo: Ministro do STF defende ditadura civil-militar de 64


Marco Aurélio Mello, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  defendeu abertamente, em entrevista concedida durante o programa "É Notícia" (da RedeTV!), a ditadura civil-militar de 1964. Eis as absurdas declarações do magistrado:


Jornalista Kennedy Alencar: - Ditadura militar de 1964?

Marco Aurélio Mello: - Um mal necessário, tendo em conta o que se avizinhava.

Jornalista Kennedy Alencar: - O Sr. acha que havia ali algum risco de ditadura comunista, como algumas pessoas falam?

Marco Aurélio Mello: - Teríamos que esperar para ver, e foi melhor não esperar.

E pensar que tal cidadão tem o papel de - junto com algumas outras figuras do mesmo naipe, como o reacionário Gilmar Mendes - resguardar  as conquistas sociais, econômicas e democráticas consignadas na Constituição de 1988. Fala sério! É a mesma coisa que colocar a raposa para tomar conta do galinheiro, já que o compromisso com a democracia de tais pessoas é meramente instrumental. Aliás, é sempre bom lembrar que a  Suprema Corte de Honduras cumpriu um papel fundamental no recente golpe de estado realizado no país.

Também é importante recordar  que o presidente Lula, eleito com a promessa de fazer profundas transformações no Brasil, teve a oportunidade histórica de alterar significativamente a configuração do STF, já que indicou 7 em 11 membros do Supremo. Infelizmente, optou por indicar, entre alguns nomes progressistas, figuras como Carlos Alberto Direito (já falecido) e José Antonio Dias Toffoli (favorável, nos tempos da AGU, à extradição de Cesare Battisti e contrário à punição dos torturadores do período militar). Mais uma vez, faltou coragem ao ex-metalúrgico para enfrentar as classes dirigentes e seus representantes. A esquerda e os setores progressistas da sociedade sofrerão as consequências quando o Supremo julgar algumas questões decisivas, como a amplitude da lei da Anistia. Aí, será tarde demais...

Veja a entrevista:


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